CS DR. CASSIO RAPOSO DO AMARAL
Este blog é o espaço de divulgação das ações do Conselho Local de Saúde e de comunicação com os usuários do Sus do Centro de Saúde Dr. Cassio Raposo do Amaral.
sábado, 22 de junho de 2013
AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE -PARTE 01
------------------------------------ANO 2009 ---------------------------------------
- DIA 07 DE MARÇO
Os moradores dos bairros: CDHU SAN MARTIN,JARDIM MIRASSOL E VILA OLIMPIA, elegem de forma democratica os Conselheiros:
Sergio Moraes(titular-usuários),
Cristina(titular-usuários),
Anderson(titular-usuários
e eleito pelo conselho como coordenador:
Nelson(titular-usuários)
Edivete(suplente-usuarios),
Erculano(suplente-usuários),
Valdemir(suplente-usuários),
Chico Marques (suplente-usuários),
Agnaldo (titular-trabalhadores),
Ricardo(titular-trabalhadores),
Terezinha(suplente-trabalhadores),
Eva(suplente-trabalhadores),
Claudia(Gestora),
Genival(gestão-titular) e
Celeste(suplente-gestão).
-DIA 09 DE JUNHO
O Conselho encontrou-se com o Secretário da Saúde Dr. Francisco Kerr Saraiva ,para discutirem assuntos referente á ampliação do Centro de Saúde.
O Secretário informou que a verba da saúde esta totalmente comprometida,e que deveríamos buscar recursos em outro âmbito.
-DIA 10 DE JUNHO
Imediatamente o Conselho esteve no gabinete do Vereador Cirilo,solicitando apoio para contato com um Deputado Estadual no sentido a conseguirmos recursos de emenda parlamentar para ampliação do Centro de Saude.O conselho foi atendido na hora e o Vereador entrou em contato com o Deputado informando nossas revindicações e necessidades e convidou o Deputado Estadual David Zaia(PPS) para visitar o Centro de Saúde .
- DIA 07 DE JULHO
Sensibilizado o Deputado David Zaia visita o Centro de Saude onde constatou a realidade do pedido e ao participar da reunião do conselho firmou o compromisso de apresentar indicação de verba parlamentar para ampliação do Centro de Saúde Cássio Raposo do Amaral.
Á partir desse dia,o Conselho Local ficou aguardando o momento em que fosse protocolado a Emenda Parlamentar e que a mesma fosse votada favorável.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
ELEIÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE SAÚDE
Realizou-se no último dia 28/11/2011 a Eleição para os novos conselheiros locais de saúde nivel usuários para a gestão 2012/2014.
Foram eleitos como conselheiros titulares:CRISTINA,SERGIO MORAES,VALDEMIR MARIANO,LUCIO.E como conselheiros suplentes:JORGE,VANIA,ANESIA,PAULA.
Os novos conselheiros terão um grande desafio devido ao aumento da demanda de usuarios pelas novas moradias,ainda a luta pela ampliação do horario de atendimento ate 19hrs e ampliação da equipe.
Ainda,a luta para implementar a mudança do PA Anchieta para a Avenida Aladino Selmi após a inauguração do Hospital Metropolitano,atendendo assim toda população da região dos amarais,ainda ajudar no processo de escolha da nova gestão do Ouro Verde e manter o controle social e fazendo valer os direitos dos usuarios.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
21 ANOS DA CRIAÇÃO DO SUS
Fundação do SUS
A Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço.
Princípios do SUS
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da eqüidade são chamados de princípios do SUS.
Universalidade
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei.
Integralidade
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Eqüidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS. Assim atender com equidade significa atender segundo as necessidades dos usuários que usuários que utilizam o SUS.
Participação da comunidade
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.
Conselho Local de Saude
No Conselho Local de Saude,participam :quatro titulares + quatro suplentes a nível usuários e dois titulares e mais dois suplentes a nível trabalhador e mais dois titular e mais dois suplentes a nível de gestão(governo).Após a eleição é indicado um Coordenador do Conselho e um Secretario e todos são voluntários no exercicio dos trabalhos e participação como conselheiros,assim sendo devem atuar em beneficio de melhorias do atendimento e do Centro de Saude em favor sempre dos Usuarios,buscando uma melhor Gestão e em conjunto com outros conselhos locais e mobilizações lutar em favor de um Sus melhor.
A Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço.
Princípios do SUS
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da eqüidade são chamados de princípios do SUS.
Universalidade
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei.
Integralidade
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Eqüidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS. Assim atender com equidade significa atender segundo as necessidades dos usuários que usuários que utilizam o SUS.
Participação da comunidade
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.
Conselho Local de Saude
No Conselho Local de Saude,participam :quatro titulares + quatro suplentes a nível usuários e dois titulares e mais dois suplentes a nível trabalhador e mais dois titular e mais dois suplentes a nível de gestão(governo).Após a eleição é indicado um Coordenador do Conselho e um Secretario e todos são voluntários no exercicio dos trabalhos e participação como conselheiros,assim sendo devem atuar em beneficio de melhorias do atendimento e do Centro de Saude em favor sempre dos Usuarios,buscando uma melhor Gestão e em conjunto com outros conselhos locais e mobilizações lutar em favor de um Sus melhor.
sábado, 28 de maio de 2011
9ª CONFERENCIA MUNICIPAL DE SAUDE DE CAMPINAS
Com uma expressiva média de quinhentos participantes por dia, a IXª Conferência Municipal de Saúde de Campinas, realizada neste último final de semana, 20, 21 e 22 de maio, no Colégio Dom Barreto, encerrou seus trabalhos sem concluir a discussão de todas as propostas sugeridas pelos grupos de trabalho. Também não houve tempo para a eleição dos delegados que irão participar das etapas estadual e nacional da Conferência.
Estiveram presentes os Conselheiros Locais :Sérgio Moraes,Maria Cristina e Valdemir Mariano atuando como delegados,representando os usuários do CS Cassio Raposo Amaral ,propondo,discutindo e votando proposta de melhoria da qualidade de saúde para a população Campineira.
A continuidade da IXª Conferência está marcada para o próximo dia 11 de junho deste ano, no Auditório Emílio José Salim, no Campus II da PUC, na Avenida John Boyd Dunlop, no Jardim Ipaussurama. Maria Ivonilde Lúcio Vitorino, coordenadora da IX Conferência, explica que mais um dia de trabalho será suficiente para concluir todas essas tarefas.
Os delegados da IXª Conferência Municipal de Saúde de Campinas já concluíram a discussão dos temas Organização da Rede de Assistência à Saúde, Humanização e Qualidade do Cuidado; Gestão e Financiamento do SUS e Vigilância em Saúde e Meio Ambiente. Ficaram para ser discutidos no próximo encontro os temas Gestão do trabalho em Saúde e Relações de Trabalho, Saúde e Direitos de Cidadania e, ainda, Controle Social.
Ao final dos trabalhos caberá à Comissão Organizadora produzir o Relatório Final da IX Conferência Municipal de Saúde, assim como o produto que será enviado às etapas estadual e nacional da 14ª Conferência Nacional de Saúde. O Relatório da Etapa Municipal poderá conter até sete diretrizes nacionais relacionadas com o eixo da Conferência, podendo cada diretriz conter dez propostas a serem encaminhadas à Etapa Estadual. O Relatório das Etapas Estaduais poderá conter até sete diretrizes nacionais relacionadas com o eixo da Conferência, podendo cada diretriz conter cinco propostas a serem encaminhadas à Etapa Nacional da Conferência.
A 14ª Conferência Nacional de Saúde, marcada para acontecer de 30 de novembro a 4 de dezembro deste ano, em Brasília, terá como tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro”. O encontro vai focar suas discussões em torno dos eixos “Acesso e acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS; Política de saúde na seguridade social, segundo os princípios da integralidade, universalidade e equidade; Participação da comunidade e controle social; Gestão do SUS - Financiamento; Pacto pela Saúde e Relação Público x Privado, além de Gestão do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde.
Os desafios do SUS
O presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), José Paulo Porsani, destacou a importância da Conferência Municipal de Saúde para o fortalecimento do SUS. Segundo ele, o controle social deve ser uma das bandeiras a serem levadas para as etapas estaduais e nacional. “Afinal o SUS é a maior política pública conquistada pelo povo brasileiro em toda nossa história”, disse. Porsani lembrou que Campinas tem uma história de lutas, com movimentos que ajudaram a implantar as políticas de saúde no País. “Este Conselho tem ciência disso e vai investir no fortalecimento e na autonomia dos seus membros. Esta conferência tem tudo para ser um marco na história da saúde desta cidade”, finalizou.
As mesas de abertura da Conferência, no dia 20 de maio, compostas por autoridades comprometidas com os destinos do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionaram muitas reflexões aos participantes do evento. A Mesa das 10h (“Os Desafios da Construção de Conselhos Fortes e Democráticos”) foi representada pelo médico Pedro Tourinho de Siqueira, conselheiro nacional pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos e, também, por Jurema Pinto Werneck, conselheira nacional de Saúde pela Articulação das Mulheres Negras do Brasil.
Em sua dissertação, Pedro Tourinho destacou que o Conselho Municipal de Saúde precisa construir uma radicalização profunda no controle social. Tourinho também fez duras críticas ao papel das Organizações Sociais (OSs) na gestão das instituições públicas. “As OSs estão na contramão das políticas de saúde, pois têm metas por contrato e isso quer dizer que não são obrigadas a atender mais do que um número estabelecido de pacientes”, denunciou.
Jurema Werneck, por seu turno, lembrou do papel referencial do Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS) para as demais cidades da região e do Estado de São Paulo. Jurema, após fazer um relato da história do movimento social no Brasil, foi enfática ao destacar “a importância de se reforçar a imagem da saúde no Brasil como de valor público a ser preservado. As conquistas nesse campo são diárias, daí a importância do controle social que tem o papel de fiscalizar, reforçar e garantir esses avanços”.
A Mesa das 14h (“Desafios da Construção da Rede Assistencial Integrada e Solidária”) foi representada pelos médicos sanitarista Hêider Aurélio Pinto, diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Ruben Araújo de Mattos, doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor no Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ) e Gastão Wagner de Souza Campos, professor titular de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Gastão também foi secretário executivo do Ministério da Saúde (2003-2005) e secretário municipal de Saúde de Campinas (2001-2003 e 1989-1991).
Ao lembrar das diretrizes que precisam ser encaminhadas para a Conferência Estadual de Saúde, Gastão propôs um plebiscito em que a população brasileira seria chamada a responder se quer realmente o Sistema Único de Saúde, integral, como seu plano de saúde. “Se deseja realmente o SUS, a população precisa lutar por ele e ter ciência de que sua operacionalização custa caro, custa oito por cento do PIB, precisa ter ciência de que com financiamento e apoio o SUS tem tudo para ser maior e melhor do que qualquer plano de saúde”.
Hêider Aurélio Pinto, em sua fala, reforçou a colocação de Gastão Wagner. “O sonho de consumo de muita gente é ter um plano de saúde. Precisamos trabalhar muito para convencer as pessoas que o melhor negócio é fortalecer o SUS”, disse. Ressaltou, ainda, que a presidenta Dilma Rousseff vai implantar o Cartão SUS, que permitirá a criação de um prontuário eletrônico de todos os usuários do SUS. Ao final, garantiu que o Ministério da Saúde vai reformar e modernizar as cerca de 36 mil Unidades de Saúde implantadas no Brasil. “Serão 36 mil intervenções que permitirão uma atenção básica qualificada a todos os brasileiros, independente de seu local de moradia”, assegurou.
Ruben Araújo de Mattos fez questão de frisar que “ainda há riscos de que num futuro, pressionados pelo estrangulamento de recursos públicos e outros fatores os caminhos do SUS se afastem do seu princípio de garantir o acesso universal, igualitário e gratuito, com qualidade”. No seu modo de ver, o trabalho dos conselhos municipais é importante, “mas todos precisam ter consciência de que “a luta é travada cotidianamente no interior dos serviços de saúde, nas reuniões de técnicos e gestores do SUS nos seus diversos níveis, nas novas arenas de negociação e pactuação entre gestores e nos debates nas instâncias que contam com a participação popular”.
A Mesa das 17h (“O Desafio do Estado Brasileiro para Incorporar o SUS na Política de Seguridade Social) teve a participação do médico Emerson Elias Merhy, mestre em Medicina Preventiva e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas e da médica Mônica Sampaio de Carvalho, coordenadora geral de Contratualização Interfederativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.
Merhy fez um discurso pessimista e enfatizou que todos precisam ir para a 14ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, “com a idéia de que o SUS está sendo exterminado por aqueles que defendem que o SUS deve ser um plano suplementar aos planos de saúde. A 14ª Conferência Nacional de Saúde tem que ter uma bandeira clara de que o SUS seja pautado pelo princípio da seguridade”.
Mônica Sampaio de Carvalho, falou da precarização do Sistema Único de Saúde e responsabilizou por isso a fragmentação da gestão que, embora tripartite, não explicita claramente quando cada ente federativo deve arcar com o financiamento da saúde. Segundo Mônica, “na saúde, é preciso que os serviços se interconectem ou se interajam. Desse jeito poderemos compor uma rede de serviços que seja capaz de garantir ao cidadão de um ou de outro município a integralidade de sua saúde. Dessa maneira – enfatiza ela – precisamos de uma rede interfederativa, dotada de instrumentos jurídico-administrativos que lhes permitam planejar e gerir serviços, transferir recursos e se referenciar uns aos outros de forma sistêmica, numa interdependência política, administrativa e financeira, sem hierarquia e sem perda de autonomia”.
Estiveram presentes os Conselheiros Locais :Sérgio Moraes,Maria Cristina e Valdemir Mariano atuando como delegados,representando os usuários do CS Cassio Raposo Amaral ,propondo,discutindo e votando proposta de melhoria da qualidade de saúde para a população Campineira.
A continuidade da IXª Conferência está marcada para o próximo dia 11 de junho deste ano, no Auditório Emílio José Salim, no Campus II da PUC, na Avenida John Boyd Dunlop, no Jardim Ipaussurama. Maria Ivonilde Lúcio Vitorino, coordenadora da IX Conferência, explica que mais um dia de trabalho será suficiente para concluir todas essas tarefas.
Os delegados da IXª Conferência Municipal de Saúde de Campinas já concluíram a discussão dos temas Organização da Rede de Assistência à Saúde, Humanização e Qualidade do Cuidado; Gestão e Financiamento do SUS e Vigilância em Saúde e Meio Ambiente. Ficaram para ser discutidos no próximo encontro os temas Gestão do trabalho em Saúde e Relações de Trabalho, Saúde e Direitos de Cidadania e, ainda, Controle Social.
Ao final dos trabalhos caberá à Comissão Organizadora produzir o Relatório Final da IX Conferência Municipal de Saúde, assim como o produto que será enviado às etapas estadual e nacional da 14ª Conferência Nacional de Saúde. O Relatório da Etapa Municipal poderá conter até sete diretrizes nacionais relacionadas com o eixo da Conferência, podendo cada diretriz conter dez propostas a serem encaminhadas à Etapa Estadual. O Relatório das Etapas Estaduais poderá conter até sete diretrizes nacionais relacionadas com o eixo da Conferência, podendo cada diretriz conter cinco propostas a serem encaminhadas à Etapa Nacional da Conferência.
A 14ª Conferência Nacional de Saúde, marcada para acontecer de 30 de novembro a 4 de dezembro deste ano, em Brasília, terá como tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro”. O encontro vai focar suas discussões em torno dos eixos “Acesso e acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS; Política de saúde na seguridade social, segundo os princípios da integralidade, universalidade e equidade; Participação da comunidade e controle social; Gestão do SUS - Financiamento; Pacto pela Saúde e Relação Público x Privado, além de Gestão do Sistema, do Trabalho e da Educação em Saúde.
Os desafios do SUS
O presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), José Paulo Porsani, destacou a importância da Conferência Municipal de Saúde para o fortalecimento do SUS. Segundo ele, o controle social deve ser uma das bandeiras a serem levadas para as etapas estaduais e nacional. “Afinal o SUS é a maior política pública conquistada pelo povo brasileiro em toda nossa história”, disse. Porsani lembrou que Campinas tem uma história de lutas, com movimentos que ajudaram a implantar as políticas de saúde no País. “Este Conselho tem ciência disso e vai investir no fortalecimento e na autonomia dos seus membros. Esta conferência tem tudo para ser um marco na história da saúde desta cidade”, finalizou.
As mesas de abertura da Conferência, no dia 20 de maio, compostas por autoridades comprometidas com os destinos do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionaram muitas reflexões aos participantes do evento. A Mesa das 10h (“Os Desafios da Construção de Conselhos Fortes e Democráticos”) foi representada pelo médico Pedro Tourinho de Siqueira, conselheiro nacional pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos e, também, por Jurema Pinto Werneck, conselheira nacional de Saúde pela Articulação das Mulheres Negras do Brasil.
Em sua dissertação, Pedro Tourinho destacou que o Conselho Municipal de Saúde precisa construir uma radicalização profunda no controle social. Tourinho também fez duras críticas ao papel das Organizações Sociais (OSs) na gestão das instituições públicas. “As OSs estão na contramão das políticas de saúde, pois têm metas por contrato e isso quer dizer que não são obrigadas a atender mais do que um número estabelecido de pacientes”, denunciou.
Jurema Werneck, por seu turno, lembrou do papel referencial do Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS) para as demais cidades da região e do Estado de São Paulo. Jurema, após fazer um relato da história do movimento social no Brasil, foi enfática ao destacar “a importância de se reforçar a imagem da saúde no Brasil como de valor público a ser preservado. As conquistas nesse campo são diárias, daí a importância do controle social que tem o papel de fiscalizar, reforçar e garantir esses avanços”.
A Mesa das 14h (“Desafios da Construção da Rede Assistencial Integrada e Solidária”) foi representada pelos médicos sanitarista Hêider Aurélio Pinto, diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Ruben Araújo de Mattos, doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor no Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ) e Gastão Wagner de Souza Campos, professor titular de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Gastão também foi secretário executivo do Ministério da Saúde (2003-2005) e secretário municipal de Saúde de Campinas (2001-2003 e 1989-1991).
Ao lembrar das diretrizes que precisam ser encaminhadas para a Conferência Estadual de Saúde, Gastão propôs um plebiscito em que a população brasileira seria chamada a responder se quer realmente o Sistema Único de Saúde, integral, como seu plano de saúde. “Se deseja realmente o SUS, a população precisa lutar por ele e ter ciência de que sua operacionalização custa caro, custa oito por cento do PIB, precisa ter ciência de que com financiamento e apoio o SUS tem tudo para ser maior e melhor do que qualquer plano de saúde”.
Hêider Aurélio Pinto, em sua fala, reforçou a colocação de Gastão Wagner. “O sonho de consumo de muita gente é ter um plano de saúde. Precisamos trabalhar muito para convencer as pessoas que o melhor negócio é fortalecer o SUS”, disse. Ressaltou, ainda, que a presidenta Dilma Rousseff vai implantar o Cartão SUS, que permitirá a criação de um prontuário eletrônico de todos os usuários do SUS. Ao final, garantiu que o Ministério da Saúde vai reformar e modernizar as cerca de 36 mil Unidades de Saúde implantadas no Brasil. “Serão 36 mil intervenções que permitirão uma atenção básica qualificada a todos os brasileiros, independente de seu local de moradia”, assegurou.
Ruben Araújo de Mattos fez questão de frisar que “ainda há riscos de que num futuro, pressionados pelo estrangulamento de recursos públicos e outros fatores os caminhos do SUS se afastem do seu princípio de garantir o acesso universal, igualitário e gratuito, com qualidade”. No seu modo de ver, o trabalho dos conselhos municipais é importante, “mas todos precisam ter consciência de que “a luta é travada cotidianamente no interior dos serviços de saúde, nas reuniões de técnicos e gestores do SUS nos seus diversos níveis, nas novas arenas de negociação e pactuação entre gestores e nos debates nas instâncias que contam com a participação popular”.
A Mesa das 17h (“O Desafio do Estado Brasileiro para Incorporar o SUS na Política de Seguridade Social) teve a participação do médico Emerson Elias Merhy, mestre em Medicina Preventiva e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas e da médica Mônica Sampaio de Carvalho, coordenadora geral de Contratualização Interfederativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.
Merhy fez um discurso pessimista e enfatizou que todos precisam ir para a 14ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, “com a idéia de que o SUS está sendo exterminado por aqueles que defendem que o SUS deve ser um plano suplementar aos planos de saúde. A 14ª Conferência Nacional de Saúde tem que ter uma bandeira clara de que o SUS seja pautado pelo princípio da seguridade”.
Mônica Sampaio de Carvalho, falou da precarização do Sistema Único de Saúde e responsabilizou por isso a fragmentação da gestão que, embora tripartite, não explicita claramente quando cada ente federativo deve arcar com o financiamento da saúde. Segundo Mônica, “na saúde, é preciso que os serviços se interconectem ou se interajam. Desse jeito poderemos compor uma rede de serviços que seja capaz de garantir ao cidadão de um ou de outro município a integralidade de sua saúde. Dessa maneira – enfatiza ela – precisamos de uma rede interfederativa, dotada de instrumentos jurídico-administrativos que lhes permitam planejar e gerir serviços, transferir recursos e se referenciar uns aos outros de forma sistêmica, numa interdependência política, administrativa e financeira, sem hierarquia e sem perda de autonomia”.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
CONSELHEIROS USUÁRIOS SÃO ELEITOS DELEGADOS
No último dia 05 de Maio,aconteceu a Pré Conferência do Distrito Norte de Saúde sob o tema Sus feito por todos e para todos e politica pública e direito constitucional com discussões na ultima etapa preparátoria para 9ª Conferencia Municipal de Saúde .
Neste momento também foram eleitos os delegados para que possam defender as propostas discutidas durantes as Pre-Conferências realizadas durante todo o ano.
Pelo Centro de Saúde Cassio Raposo do Amaral foram eleitos como delegados os conselheiros:Sergio Moraes e Valdemir Mariano e Cristina que já participa do Conselho Municipal é delegada nata sem necessidade de participar da eleição.Assim, o Centro de Saude Cassio Raposo do Amaral conta com três delegados a defender os direitos dos usuários na 9ªConferência.
A 9ª Conferencia irá acontecer nos dias 20,21,22 de Maio á partir dás 8 hrs no Colegio Dom Barreto em Campinas,localizado proximo a Sanasa.A participação é aberta a população.
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